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271 anos antes de inventarem o Pantone, um artista descreveu todas as cores imagináveis num livro de 800 páginas

Fonte: Redação Hypeness @hypeness_combr
http://www.hypeness.com.br/2014/05/271-anos-antes-de-inventarem-o-pantone-um-artista-descreveu-todas-as-cores-inimaginaveis-num-livro-de-800-paginas/#

Quem inventou as cores? Bem, um livro holandês que foi descoberto indica que não foi a Pantone. Há muitos anos, em 1692, um artista conhecido apenas como “A. Boogert” tirou um tempo para escrever sobre a mistura de aquarelas. Além da experiência resultar em muitas cores, acabou por formar 800 páginas manuscritas e pintadas, abordando sobre o uso da cor na pintura, suas matizes e mudanças de tom.

A obra, riquíssima em detalhes, já é considerada o mais completo guia de cores para a pintura de todos os tempos. A fama, qualidade e abrangência do material foi tanta que o livro foi concebido como um guia educacional. O mundialmente conhecido e contemporâneo Guia Pantone lançou suas páginas e “padrão” de cores apenas em 1963.

Dá uma olhada na obra prima de Boogert abaixo:

cores1
cores5
cores3
cores2
cores

O livro inteiro pode ser visto em alta resolução aqui. Atualmente, o livro é  mantido na Bibliothèque Méjanes em Aix-en-Provence, França.

Lista de cores

A lista parcial seguinte contém diversas cores, individualmente associadas a seus devidos artigos. Observe que os valores CMYK são nominais, e que não há conversão perfeita de RGB para CMYK. É recomendável a não utilização destes valores onde uma impressão de alta qualidade é necessária. Os valores atuais das cores abaixo estão corretas, mas muitos inferem que a amostra atual de cores que são exibidas é contraditória, devido à falta de correção gama. O branco realmente é branco, e assim também o preto, mas as cores entre este intervalo, especialmente cores escuras, são mostradas de maneira incorreta. Por exemplo, 50% cinza (metade entre branco e preto) deve ser tão claro como 50% de branco, e sem a correção gama, é apenas tão claro como 18% do brilho do branco em um monitor com 2.5 de gama (0.52.5 = ~0.1768), que é o valor gama padrão para a maioria de monitores LCD e CRT. Enfim, se a proposta destas cores é mostrar como os valores realmente parecem em monitores, e não em um mundo com correção gama perfeita, este argumento não se aplica ao caso.


NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Água#00FFFF0255255100000180100100
Água-marinha (cor)#7FFFD412725521250017016050100
Água-marinha média#66CDAA10220517050017201605080
Amarelo#FFFF00255255000100060100100
Amarelo claro#FFFFE0255255224001206012100
Amarelo esverdeado#ADFF2F173255473208208482100
Amarelo ouro claro#FAFAD225025021000162601698
Amarelo queimado#EEAD2D23817345634950408193
Ameixa#DDA0DD2211602210280133002887
Amêndoa#FFEBCD255235205082003620100
Azul#0000FF0025510010000240100100
Azul aço#4682B47013018061280292076171
Azul aço claro#B0C4DE17619622221120132142187
Azul alice#F0F8FF24024825563002086100
Azul ardósia#6A5ACD1069020548560202485680
Azul ardósia claro#8470FF13211225548560024856100
Azul ardósia escuro#483D8B726113948560452485655
Azul ardósia médio#7B68EE1231042384856072495693
Azul cadete#5F9EA0951581604110371824163
Azul celeste#F0FFFF24025525560001806100
Azul céu#87CEEB1352062354312081974392
Azul céu claro#87CEFA1352062504618022034698
Azul céu profundo#00BFFF01912551002500195100100
Azul claro#ADD8E61732162302560101952590
Azul escuro#00008B0013910010004524010055
Azul flor de milho#6495ED1001492375837072195893
Azul furtivo#1E90FF3014425588440021088100
Azul médio#0000CD0020510010002024010080
Azul meia-noite#191970252511278780562407844
Azul pólvora#B0E0E61762242302330101872390
Azul real#4169E16510522571530122257188
Azul violeta#8A2BE21384322639810112718189

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Bege#F5F5DC24524522000104601096
Branco#FFFFFF2552552550000001
Branco antigo#FAEBD725023521506142341498
Branco fantasma#F8F8FF24824825533002403100
Branco floral#FFFAF02552502400260406100
Branco fumaça#F5F5F52452452450004001
Branco navajo#FFDEAD2552221730133203632100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Cáqui#F0E68C24023014004426544294
Cáqui escuro#BDB76B189183107034326564374
Cardo#D8BFD82161912160120153001285
Castanho#D2B48C2101801400143318343382
Chocolate#D2691E210105300508618258682
Ciano#00FFFF0255255100000180100100
Ciano claro#E0FFFF2242552551200018012100
Ciano escuro#008B8B0139139100004518010055
Cinza#80808012812812800050001
Cinza ardósia#70809011212814422110442102256
Cinza ardósia claro#77889911913615322110402102260
Cinza ardósia escuro#2F4F4F4779794100691804131
Cinza claro#D3D3D321121121100017001
Cinza escuro#A9A9A916916916900034001
Cinza fosco#69696910510510500059000
Cinza médio#DCDCDC22022022000014001
Concha#FFF5EE2552452380470257100
Coral#FF7F50255127800506901669100
Coral claro#F0808024012812804747604794
Creme de marisco#FFE4C42552281960112303323100
Creme de menta#F5FFFA24525525040201504100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Dourado#DAA520218165320248515438585
Dourado escuro#B8860B184134110279428439472
Dourado pálido#EEE8AA23823217003297552993

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Esmeralda#32CD32502055076076201207680

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Feldspato#D192752091461170304418194482
Ferrugem#A0522D16082450497237197263
Fúcsia#FF00FF2550255010000300100100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Gelo#F8F8FF24824825533002403100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Hortelã#2E8B57461398767037451466755

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Índigo - Aníl#4B00827501304210004927510051

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Jade#228B22341393476076451207655
Jambo#FF4500255690073100016100100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Laranja#FFA5002551650035100039100100
Laranja escuro#FF8C002551400045100033100100
Lavanda#E6E6FA2302302508802240898
Lavanda avermelhada#FFF0F525524024506403406100
Lima#00FF000255010001000120100100
Linho#FAF0E6250240230048230898

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Madeira#DEB8872221841350173913343987
Magenta#FF00FF2550255010000300100100
Magenta escuro#8B008B1390139010004530010055
Mamão batido#FFEFD5255239213061603716100
Maná#F0FFF024025524060601206100
Marfim#FFFFF02552432080060606100
Marrom#80000012800010010050010050
Marrom amarelado#F4A46024416496033614286196
Marrom claro#A52A2A1654242075753507565
Marrom rosado#BC8F8F188143143024242602474
Marrom sela#8B451313969190508645258655
Milho#FFF8DC255248220031404814100
Mocassim#FFE4B52552281810112903829100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Naval#0000800012810010005024010050
Neve#FFFAFA255250250022002100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Oliva#808000128128000100506010050
Oliva escura#556B2F85107472105658825642
Oliva parda#6B8E23107142352507544807556
Orquídea#DA70D62181122140492153024985
Orquídea escura#9932CC1535020425750202807580
Orquídea média#BA55D31868521112600172886083
Ouro#FFD7002552150016100051100100

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Peru#CD853F205133630356920306980
Pêssego#FFDAB92552181850152702827100
Prata#C0C0C019219219200025001
Preto#000000000000100000
Púrpura#8000801280128010005030010050
Púrpura média#9370DB14711221933490142604986

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Renda antiga#FDF5E6253245230039139999
Rosa#FFC0CB25519220302520035025100
Rosa claro#FFB6C125518219302924035129100
Rosa embaçado#FFE4E1255228225011120612100
Rosa forte#FF69B425510518005929033059100
Rosa profundo#FF14932552014709242032892100
Rubro#DC143C220206009173143489186

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Salmão#FA807225012811404954265498
Salmão claro#FFA07A2551601220375201752100
Salmão escuro#E9967A233150122036489154891
Seda#FFFACD255250205022005420100
Siena#FF8247

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Tijolo refratário#B222221783434081813008170
Tomate#FF63472559971061720972100
Trigo#F5DEB324522217909274392796
Turquesa#40E0D0642242087107121747188
Turquesa escura#00CED10206209100101818110082
Turquesa média#48D1CC722092046602181786682
Turquesa pálida#AFEEEE175238238260071802693


NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Urucum#EC23002363501971001910093

NomeAmostraTripleto hexadecimalRGBCMYKHSV
Verde#0080000128010001005012010050
Verde amarelado#9ACD32154205502507620807680
Verde azulado#0080800128128100005018010050
Verde claro#90EE901442381443903971203993
Verde escuro#0064000100010001006112010039
Verde floresta#228B22341393476076451207655
Verde grama#7CFC00124252051010019010099
Verde lima#32CD32502055076076201207680
Verde mar#2E8B57461398767037451466755
Verde mar claro#20B2AA321781708204301778270
Verde mar escuro#8FBC8F14318814324024261202474
Verde mar médio#3CB3716017911366037301476670
Verde pálido#98FB981522511523903921203998
Verde Paris#7FFF001272550500100090100100
Verde primavera#00FF7F02551271000500150100100
Verde primavera médio#00FA9A0250154100038215710098
Vermelho#FF000025500010010000100100
Vermelho escuro#8B000013900010010045010055
Vermelho indiano#CD5C5C2059292055552005580
Vermelho laranja#FF4500255690073100016100100
Vermelho violeta#D020902083214408531183228582
Vermelho violeta médio#C715851992113308933223228978
Vermelho violeta pálido#DB709321911214704933143404986
Violeta#EE82EE238130238045073004593
Violeta escuro#9400D314802113010001728210083

Impressão Gráfica com Ouro e Prata


Segue abaixo um pequeno tutorial sobre como enviar seus arquivos para gráficas utilizando cores especiais, neste caso as tintas PANTONE® Ouro e Prata.

Primeiro verifique se seu software possui a biblioteca de cores Metallic Coated, é com ela que iremos trabalhar.

Para acessar essa biblioteca pelo Illustrator basta entrar no painel Swatches e clicar sobre o botão Swatch Libraries Menu > Color Books > PANTONE Metallic Coated.


O próximo passo é determinar quais áreas do layout irão apresentar os efeitos das cores metálicas. Assim como substituímos uma cor qualquer através do painel Swatches, da mesma forma é feita pelo novo painel exibido.

Clique sobre o objeto e em seguida escolha PANTONE 877C para a cor prata e/ou PANTONE 871C para a cor dourada.


Praticamente seu projeto está pronto, mas se quiser fazer um efeito diferenciado também é possível utilizando o recurso de impressão sobreposta.

Para isso selecione o objeto com a cor metálica e dentro do painel Attributes (Window > Attributes) clique sobre o botão Overprint Fill. Aparentemente seu documento não mudou nada, mas é possível visualizar uma simulação acessando o menu View > Overprint Preview.


Veja abaixo alguns trabalhos que utilizaram cores ouro e prata.





Por que tinta de impressora é tão cara?

Não é incomum de designers – especialmente os da área de gráfico – terem uma impressora em casa para testar seus produtos antes de enviar para a gráfica. E até mesmo os não-designers sabem do custo de uma impressora: uma simples pode custar entre R$ 150 a R$ 250. O verdadeiro roubo está nos cartuchos de tinta. Por que é tão caro?

Os números não mentem: a tinta de uma impressora, por litro, custa duas vezes mais que sangue humano e quase 500 vezes mais que gasolina. Só nos Estados Unidos são gastos 24 bilhões de dólares todo ano em tinta e toner, e se todos os cartuchos vendidos em 2008 tivessem sido colocados lado-a-lado, teriam dado a volta no planeta mais de 5.5 vezes.

preco-de-tinta
Mas por que a impressora é tão barata e a tinta é tão absurdamente cara?
Muita gente diz que é por causa do modelo “dê o barbeador, venda a gilete” de negócios – ou seja, vender a impressora por um valor que pode chegar até a dar prejuízo para a empresa de tão baixo, e cobrar um valor exorbitante nos únicos tipos de cartuchos que cabem naquela impressora. Isto seria apenas 50% da verdade.

Thom Brown, um representante da HP – uma das maiores empresas no ramo de impressão – explicou o motivo por trás do custo elevado por litro de tinta: o custo de desenvolvimento da tecnologia é altíssimo.
“Um cartucho de tinta precisa esperar na loja até você comprá-lo, e depois precisa esperar dentro da sua impressora que pode não ser usada todo dia”, explica Brown. “Então a tinta no seu formato líquido precisa ficar estável por até 18 meses seguidos”.

Além disto, a tinta muda de estado rapidamente quando vai do cartucho passando pelo bico. E aí que encontramos a primeira parte da tecnologia; Em 1985, as impressoras top de linha tinham 12 bicos no cabeçote da impressora, jorrando 10 mil pingos por segundo. Hoje, são mais de 4 mil bicos entregando 112 milhões de pingos por segundo – e estes bicos tem 1/3 da largura de um fio de cabelo humano.


Evolução das impressoras
Evolução das impressoras

Em seguida, temos a questão da temperatura: por um nanosegundo, a tinha aquece a mais de 300 graus Celcius quando passa pelo bico. A tinta precisa não evaporar nesse ponto, ou não teríamos nada impresso.

Brown também explica que, ao sair do bico, a tinta voa a quase 50 km/h e precisa acertar o ponto certo no papel. Isto seria o equivalente a jogar uma uva do topo de um prédio de 30 andares para acertar um balde no térreo. A tinta precisa acertar o papel num formato perfeitamente redondo para que a imagem resultante fique perfeita. E, pra finalizar, a tinta precisa secar quase instantâneamente e não alterar sua cor por alguns anos.

Desenvolver essa tecnologia não é simples e não é barato, então as empresas jogam o custo disto em cima dos cartuchos. Sei que muitos reclamam “Mas como que cartuchos remanufaturados possuem um custo tão baixo?“. Isto não é difícil de responder: estes cartuchos são sempre de qualidade inferior e menos de 30% das pessoas que usam cartuchos remanufaturados ficam satisfeitas com o produto final, não sendo incomum dos cartuchos não funcionarem, secarem rápido, vazarem durante uma impressão ou simplesmente estragarem a impressora.

Finalizando, Brown explica que a HP demora em média 5 anos para desenvolver um novo cartucho, com mais de mil protótipos criados e jogados fora. O motivo para isto está em fornecer soluções para tantos consumidores diferentes, e mudar meia dúzia de ingredientes no produto pode fazer afundar o nome da empresa em questão de confiabilidade e estabilidade.

“Um cartucho de tinta é muito mais que água e corante”, diz Brown. “É por isso que, para que as empresas que desenvolvem impressoras de qualidade precisam cobrir seu custo em alguma parte do processo”.
E você, usa somente tinta original ou se aventura no mundo dos cartuchos remanufaturados? Quanto tempo duram seus cartuchos?
Fonte: computerworldabout.com – Imagem de destaque: Multiple printer cartrigdes por Shutterstock

Serigrafia



Serigrafia ou silk-screen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada. A tela (Matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço. 

A "gravação" da tela se dá pelo processo de fotosensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz. É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. 

Pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas). A serigrafia caracteriza-se como um dos processos da gravura, determinado de gravura planográfica. A palavra planográfica, pretende enfatizar que não há realização de sulcos e cortes com retirada de matéria da matriz. O processo se dá no plano, ou seja na superfície da tela serigráfica, que é sensibilizada por processos foto-sensibilizantes e químicos. O princípio básico da serigrafia é relacionado freqüentemente ao mesmo princípio do estêncil, uma espécie de máscara que veda áreas onde a tinta não deve atingir o substrato (suporte). 

O termo serigrafia (serigraph, em inglês) é creditado a Anthony Velonis, que influenciado por Carl Zigrosser, crítico, editor e nos anos 1940, curador de gravuras do Philadelphia Museum of Art, propôs a palavra serigraph (em inglês), do grego sericos (seda), e graphos (escrever), para modificar os aspectos comerciais associados ao processo, distinguindo o trabalho de criação realizado por um artista dos trabalhos destinadas ao uso comercial, industrial ou puramente reprodutivo. Velonis também escreveu um livro em 1939, intitulado Silk Screen Technique (New York: Creative Crafts Press, 1939) que foi usado como "how-to" manual de outras divisões de posters. Ele viajou extensivamente orientando os artistas da FAP sobre a técnica da serigrafia.

História


Desde os tempos mais remotos, existe, no Oriente, o estêncil (pl. estênceis, em inglês stencil) para a aplicação de padrões (modelos, espaços seqüenciais) em tecidos, móveis e paredes. Na China os recortes em papel (cut-papers) não eram só usados como uma forma independente de artefato, mas também como máscaras para estampa, principalmente em tecidos. No Japão o processo com estêncil alcançou grande notabilidade no período Kamamura quando as armaduras dos samurais, as cobertas de cavalos e os estandartes tinham emblemas aplicados por esse processo.

Durante os séculos XVII e XVIII ainda se usava esse tipo de impressão na estamparia de tecidos. Aos japoneses é atribuída a solução das “pontes” das máscaras: diz-se que usavam fios de cabelo para segurar uma parte na outra. No Ocidente registra-se no século passado, em Lyon, França, o processo (de máscaras, recortes) sendo usado em indústrias têxteis (impressão a la lyonnaise ou pochoir) onde a imagem era impressa através dos vazados, a pincel.

No início do século registravam-se as primeiras patentes: 1907 na Inglaterra e 1915 nos Estados Unidos, e o números de impressos comerciais cresceu muito. Na América, os móveis, paredes e outras superfícies eram decorados dessa maneira. Foram raros os artistas que utilizaram o processo como ferramenta para a execução de gravuras, ou de trabalhos gráficos.

Theóphile Steinlein, um artista suíço que vivia em Paris no início do século (morreu em 1923) é um dos poucos exemplos do uso da técnica. Neste período da grande depressão de 30, nos EUA os esforços do WPA - Federal Art Projects, estimularam um grupo de artistas encabeçados por Anthony Velonis a experimentar a técnica com propósitos artísticos.

Os materiais e equipamentos baratos, facilmente encontrados sem grandes investimentos foram algumas das razões que estimularam os artistas a experimentar o processo. Entre eles, citamos Bem Shahn, Robert Gwathmey, Harry Stenberg. Tais artistas iniciaram um importante trabalho de transformar um meio mecânico, cujas qualidades gráficas se limitavam às impressões comerciais, numa importante ferramenta para desenvolver seus estilos pessoais.

O sentido desse esforço inicial estendeu-se aos artistas dos anos 1950, incluindo os expressionistas abstratos e os action painters, como Jackson Pollock. Até Marcel Duchamp, que não era exatamente um artista-gravador, nos deixou um auto-retrato de 1959, uma serigrafia colorida que está no MoMa (Museum of Modern Art, Nova York). No fim da segunda guerra mundial, quando os aviões americanos aterrizaram em Colónia (Alemanha), com suas fuselagens decoradas com emblemas e comics em serigrafia, surgiu o interesse europeu pela técnica. As barreiras e definições estabelecidas que tratavam a serigrafia como “manifestação gráfica menor” só foram eliminadas no fim dos anos 1950, início dos 1960.

O grande responsável por isso foi o processo fotográfico utilizado através da serigrafia e novos conceitos e movimentos artísticos, além do avanço tecnológico (ver Pop art, Op art, Hard-edge, Stripe, Color-field, Minimal Art). Os primeiros artistas que se utilizaram do processo procuravam tornar mais naturais e menos frias as impressões. Foram ressaltados, entre outros, dois pontos básicos da técnica: (1) sua extrema adaptabilidade que permite a aplicação sobre qualquer superfície inclusive tridimensional, muito conveniente para certas tendências artísticas (2) e suas especificidades gráficas próprias, ou seja características gráficas que apenas a serigrafia pode proporcionar.

Da necessidade de artistas como Rauschemberg, Rosenquist, Warhol, Lichtenstein, Vasarely, Amrskiemicz, Albers, Indiana e Stella, houve o desenvolvimento contemporâneo do processo em aplicações artísticas. Novos conceitos foram associados às idéias tradicionais e o estigma “comercial” da serigrafia tornou-se uma questão ultrapassada.

Bibliografia
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J. I. Bigeleisen: Screen Printing: A Contemporary Guide. – New-York, 1972. (ingl).
M. Guberti-Helfrich: Serigrafia per Artisti. – Milan, 1957. (ital).